Potencial do estado do Rio como polo da indústria nuclear é reforçado em debate

Com as duas usinas nucleares em Angra dos Reis, a Fábrica de Combustível Nuclear em Resende, a sede da Comissão Nacional de Energia Nuclear no Rio, a Nuclep e a Base Naval para construção de submarinos nucleares em Itaguaí, o estado do Rio de Janeiro abriga praticamente toda a cadeia produtiva da energia nuclear e deve ser reforçado como polo do setor. Esse foi o eixo principal que norteou todo o debate no seminário “Contribuição da indústria nuclear para a recuperação econômica fluminense”, ocorrido nesta terça-feira (29) no plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj).

Durante o evento promovido pela Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares – ABDAN - e pelo Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado, o assessor da Presidência da INB, Felipe Gomes, pontuou a quantidade de emprego e renda que a INB gera no estado e a importância de uma decisão sobre a retomada de Angra 3 para o andamento de projetos e o consequente fortalecimento da economia fluminense. Destacou também que na Fábrica de Combustível Nuclear são realizadas etapas importantes e estratégicas do ciclo, como o enriquecimento de urânio.

A importância da retomada de Angra 3 foi reforçada também pelo diretor técnico da Eletronuclear, Leonam Guimarães, que afirmou que cada real investido nas obras da usina nuclear, que estão paralisadas, representaria um efeito multiplicador no PIB nacional de duas vezes. Os dados foram obtidos num estudo realizado pela Eletronuclear em parceria com a FGV Projetos.

“A retomada de Angra 3 é essencial para a recuperação econômica e social do estado que não precisa depender só do petróleo e do turismo”, reforçou Celso Cunha, presidente da ABDAN  - Associação Brasileira pra Desenvolvimento de Atividades Nucleares.

O presidente em exercício da Alerj, deputado André Ceciliano, anotou todas as considerações e disse que apoia a retomada.  "Angra 3 é fundamental. O potencial é imenso, não só para o Rio, mas para o Brasil. É preciso olhar com mais atenção à questão, já que pode ser um resgate da economia do estado", defendeu.

Também participaram dos painéis o superintendente de Estudos Econômicos e Energéticos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Jefferson Borgheti; o diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Bento de Albuquerque Junior; o vice-presidente da Firjan, Sergio de Oliveira Duarte, e o presidente licenciado do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro, Reynaldo de Barros.

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