Viagem internacional abre novas possibilidades de negócio

A Indústrias Nucleares do Brasil – INB deu importante passo rumo à autossuficiência, como prevê o seu Planejamento Estratégico 2017/2026, ao buscar ampliar seus negócios no exterior. Esta possibilidade ganhou força a partir da viagem do presidente da empresa, Reinaldo Gonzaga, à França e à Coreia do Sul, em fevereiro. “Nossa intenção é levar o nome da INB para o mundo”, disse o presidente Reinaldo, otimista com o futuro das negociações com a empresa francesa, Framatome (antiga Areva), e as coreanas KNF e KPS.

Em maio, o representante da Framatome, Ala Alzabenna, visitará a Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), em Resende/RJ, para conhecer as condições da fábrica e prosseguir com as negociações. A INB ofereceu à Framatome a possibilidade de ampliar a parceria nos serviços feitos em paradas dos reatores para outros países além do Brasil.

 

“Nós temos trabalhado há anos para ampliar nossas ofertas de serviços, com estudos de viabilidade e um bom relacionamento com as empresas parceiras”, destacou Gozanga. Hoje, a Framatome transfere tecnologia para a INB e também fornece componentes para a fabricação do elemento combustível de Angra 2.

 

A companhia francesa produz combustível nuclear para várias empresas no mundo, mas com a previsão de desligamento dos reatores alemães, restará apenas uma usina em Trillo, na Espanha, com combustível semelhante ao utilizado em Angra 2. Por isso, a INB negociou também a possibilidade de fornecimento do esqueleto deste tipo de elemento combustível, de forma que eles possam utilizar este componente na fabricação do combustível para as recargas do reator espanhol. “Até 2021 os reatores alemães com a mesma tecnologia de Angra 2 estarão desligados. Como já fabricamos para Eletronuclear, essa foi uma das nossas propostas”, disse o superintendente Márcio Adriano, que  também integrou a comitiva, ao lado do diretor de Combustível Nuclear, Marcelo Xavier.

Na Coreia do Sul, a comitiva esteve nas empresas KNF (KEPCO Nuclear Fuel) e KPS (KEPCO Plant Service & Engineering). Na KNF, com a qual a INB tem um contrato de venda cruzada para o combustível 16 NGF (New Generation Fuel), para o reator de Angra 1, a proposta da INB, no futuro próximo, é vender mais bocais para a montagem do elemento combustível.

 

“Nosso próximo passo é recebê-los na FCN para qualificação dos bocais. A previsão é que até o final de 2019 a empresa esteja apta para o fornecimento”, explicou Márcio Adriano, salientando que a intenção da INB seria a venda direta, evitando um possível processo de licitação internacional pela KNF.


Com a KPS, além da renovação das parcerias já existentes, a INB propôs também expandir os serviços já realizados em Angra 1, durante as paradas, para as plantas coreanas. “Fizemos propostas para as empresas que são viáveis para ambos os lados. No caso de indústria nuclear, como a INB, temos que trabalhar com antecipação de projetos, olhando as possibilidades à frente”, disse o presidente da INB.

 

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