Durante a abertura do VIII Seminário Internacional de Energia Nuclear - SIEN, nesta quarta (12), o presidente da INB, João Carlos Derzi Tupinambá, ressaltou que foi concluído recentemente o planejamento estratégico da empresa, cuja principal meta é a não dependência do Tesouro até 2026. “Para tanto serão fundamentais a continuidade do projeto de enriquecimento e a possibilidade de parcerias na área mineral que propiciem excedentes para exportação”, afirmou.
Tupinambá destacou ainda a importância de uma visão otimista para o setor apesar da crise e pontuou os principais avanços da INB no último ano como a retomada da produção de urânio, a solicitação de licença junto a CNEN para a segunda fase de implantação do enriquecimento de urânio, a previsão da segunda exportação de urânio à Argentina e a possibilidade de produção do urânio metálico para reatores de pesquisa.
Também participaram da mesa de abertura, o presidente da Nuclep, Carlos Henrique Seixas, da CNEN, Paulo Roberto Pertusi e da Eletronuclear, Bruno Campos Barreto. Como o tema deste ano foi a “A Retomada de Angra 3”, Bruno Barreto ressaltou que a empresa está trabalhando para retomar as obras nos próximos meses e que a previsão é concluir a usina em 2024. O Plano Decenal de Energia de 2026, que está aberto à consulta pública, foi tema recorrente nos debates assim como o decreto de 22 de junho que recria o Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro.
Nesta quinta, o assessor da presidência, Felipe Gomes e o engenheiro da INB, Renato Vieira da Costa, palestraram sobre o tema “Mercado Internacional de Urânio – Oportunidades para o Brasil”, abrangendo o cenário atual e as possibilidades futuras.
O evento aconteceu no centro de convenções Bolsa Rio e também promoveu a 3° Exponuclear. A INB montou um estande no local onde os participantes recebiam informações e podiam tirar suas dúvidas. O encerramento do VIII SIEN acontece nesta sexta (14) com uma visita técnica à Fábrica de Combustível Nuclear da INB em Resende/ RJ.
