INB e CTMSP assinam aditivo de contrato para entrega de cascata de ultracentrífugas

A Indústrias Nucleares do Brasil - INB e o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo - CTMSP assinaram nesta quarta-feira (22/12), na Sede da INB, no Rio de Janeiro/RJ, o aditivo ao contrato que prevê o fornecimento de dez cascatas de ultracentrífugas para enriquecimento isotópico de urânio. No total, nove já foram entregues pelo CTMSP, faltando apenas a última para concluir a primeira fase de implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da INB.

O Diretor do CTMSP, Vice-Almirante Guilherme Dionísio Alves, reforçou a relevância histórica dessa parceria.  “Há 20 anos foi assinado o contrato, que teve uma importância muito grande não só para Marinha, mas para o Brasil como um todo. Por meio desse contrato, nós conseguimos desenvolver a tecnologia de enriquecimento e a fabricação das ultracentrífugas. Esse contrato deve ser encerrado no ano que vem com a entrega da décima cascata”, explicou. 

Durante a cerimônia, as instituições destacaram que vislumbram a possibilidade de novos projetos desenvolvidos em conjunto. O presidente da INB, Carlos Freire Moreira, afirmou: “Temos desafios pra 2022, mas vejo possibilidades de ampliação de parcerias entre INB e Marinha. A Marinha com sua forte capacidade em ciência e tecnologia e a INB na atividade industrial”. 

Desta forma, foram reafirmados os entendimentos de que a Marinha do Brasil é protagonista em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na área nuclear, tendo atingido diversas etapas piloto de desenvolvimento de processos do ciclo do combustível nuclear, e a INB, com sua capacidade industrial, para atingir e desenvolver a cadeia produtiva do urânio por meio da implementação de tecnologias autóctones disponíveis.

O evento marcou, ainda, o fim da fabricação pela INB das pastilhas a serem utilizadas nos elementos combustíveis que serão empregados no Laboratório de Geração Nucleoelétrica (Labgene), parte essencial do Programa Nuclear da Marinha, que tem por finalidade desenvolver um reator nuclear para a geração de energia elétrica, com diversas aplicações possíveis para a sociedade brasileira, como a fabricação de radiofármacos e a simulação da planta do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear.

O “Desenvolvimento de Tecnologia e Produção de Combustível Nuclear” foi estabelecido como uma das áreas de cooperação mútua do Memorando de Entendimentos, assinado pela Diretoria Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM) e a INB, em 18 de novembro de 2020, com objetivo de gerar benefícios tanto para a sociedade em geral quanto para os propósitos pacíficos de Defesa, o que vem sendo alcançado com o sucesso desta parceria. 

 

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