Centenas de pessoas visitaram o estande da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) na Expo VR 2025, que aconteceu na Ilha São João, em Volta Redonda/RJ, entre os dias 1 e 3 de agosto. Cerca de 200 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica como jabuticaba, pitanga, manacá e cambucá, produzidas no viveiro da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN) foram distribuídas para o público do evento. Técnicos da INB apresentaram aos visitantes o funcionamento do ciclo do combustível nuclear, que também puderam conhecer réplicas de pastilhas de urânio e do combustível nuclear, além de uma amostra de rocha de urânio extraída na Unidade de Concentração de Urânio, em Caetité, na Bahia. Na ocasião, foi realizado ainda o cadastro de fornecedores interessados em prestar serviços à empresa e divulgadas informações institucionais.
Durante visita ao estande da INB, o engenheiro civil e de segurança do trabalho, Gabriel de Oliveira, demonstrou entusiasmo com as informações e o material apresentado. Ele destacou o caráter didático da exposição, que explicou de forma clara e detalhada todo o processo de produção do combustível nuclear, desde as etapas iniciais até a transformação do material em pastilhas e varetas de combustível.
“A apresentação está excelente. É bem explicativa, e deu para entender todas as fases até a formação das varetas e o destino do material”, afirmou. Além de aprender mais com o conteúdo técnico, Oliveira levou para casa uma muda produzida na FCN. “Escolhi a cerejeira porque é uma planta menos comum, e sei que minha esposa irá gostar. Gosto muito de plantas e valorizo a ideia de replantio”, contou.
Para Oliveira, o crescimento de empreendimentos industriais, apesar de demandar espaço físico, deve caminhar lado a lado com a responsabilidade ambiental. “A expansão muitas vezes exige uso do solo, mas é fundamental haver a compensação com reflorestamento, como a INB tem feito. Isso mostra compromisso com o meio ambiente”, concluiu.
A técnica em meio ambiente Sandra Helena Martins afirma que já acompanha o debate sobre energia nuclear desde o início da construção das usinas de Angra, mas sente falta de uma comunicação mais clara e científica com a população. “Vejo muita polêmica, mas raramente escuto cientistas falando com seriedade sobre a viabilidade e os riscos. Falta esclarecimento para a sociedade”, comentou. Para ela, é essencial que empresas como a INB participem de eventos abertos ao público: “É assim que ficamos sabendo que a empresa continua ativa e conhecemos melhor seu trabalho”.
Sandra, que se considera ambientalista, também se surpreendeu com as ações de reflorestamento realizadas pela INB. “Não sabia que havia esse trabalho em larga escala. Achei importante, principalmente por acompanhar de perto a preservação ambiental e defender o plantio de árvores”, disse.
EXPERIÊNCIA- Com entrada gratuita, o evento contou com estandes de negócios, tendas culturais, três praças gastronômicas, shows nacionais no Palco Sesc, palestras, espaços de formação e oficinas e foi considerada a maior experiência multicultural já realizada no Sul Fluminense. A Expo contou ainda com agenda de palestras e mentorias com apoio do Sebrae, voltadas ao desenvolvimento regional, empreendedorismo e inovação. Outra novidade foi o Espaço PCD com inclusão social e acessibilidade para pessoas com deficiência, camarote em frente do palco, intérpretes de Libras e sala sensorial.