Exercício de Transporte de Material Nuclear é realizado na FCN

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) sediou, nos dias 29 e 30 de outubro, o Exercício de Transporte de Material Nuclear de 2025 (ETMN), nas instalações da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN). Sob a coordenação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), o exercício, no âmbito do Comitê de Articulação para as Áreas de Segurança e Logística ao Programa Nuclear Brasileiro (Caslon), foi concluído com êxito, evidenciando boas práticas em áreas que necessitam aprimoramento e que não podem ser identificadas de outra forma em outras atividades de treinamento.

O exercício foi conduzido na modalidade “tabletop” e caracterizou-se como atividade de treinamento de dupla ação, com intercâmbio de procedimentos, metodologias e experiências entre os representantes do Sipron. O cenário fictício do ETMN 2025 abrangeu o transporte de material nuclear, de acordo com as possibilidades e limitações das instituições envolvidas. Foram apresentadas as descrições de cada evento, provocando debates entre os participantes sobre como eles reagiriam, quais recursos necessitariam ser empregados, quem estaria a cargo da ação, quem seria notificado, quais seriam as atribuições de cada um, entre outros.

O coordenador-geral de Segurança Física Nuclear do GSI, Capitão de Mar e Guerra (FN) Carlos Magno, destacou que a avaliação inicial do ETMN 2025 foi extremamente satisfatória. Ressaltou ainda que a modalidade escolhida é propícia para a simulação de uma operação de transporte. “É um formato de execução e condução distinto dos demais exercícios práticos, mas que possibilita testar situações que não são possíveis no terreno, uma vez que não dispomos de estradas ou rodovias que permitam sua interdição temporária para simular os eventos planejados.  O exercício atingiu seu propósito, proporcionando uma ferramenta para testar as capacidades dos respondedores envolvidos no transporte de material nuclear, além de identificar aspectos gerais de planejamentos que poderão ser inseridos no Plano de Proteção Física do Transporte (PPFT)”, disse Carlos Magno.

De acordo com o gerente de Segurança Empresarial e Proteção Física, Roberto Baldini, a atividade é importante para identificar possíveis falhas ou pontos de melhoria nos procedimentos operacionais. “Através desses exercícios é que conseguimos identificar eventuais problemas e aplicar as correções necessárias para aprimorar nossos protocolos. É fundamental aproveitar as simulações justamente para isso: colher contribuições das instituições parceiras e aperfeiçoar continuamente nossos processos, considerando que se trata de uma atividade complexa e sensível”, destacou Baldini.

O representante da INB no Caslon, Geraldo Gessi da Gerência de Controle e Fiscalização do Licenciamento, Qualidade e Sustentabilidade (GEFIS.P) ressaltou a cooperação, empenho e profissionalismo entre as agências participantes. “Isso resultou em uma atividade altamente produtiva e alinhada aos objetivos da INB e do SIPRON/GSI. As considerações finais apresentadas pelos participantes reforçaram a relevância do esforço conjunto para o aperfeiçoamento contínuo das práticas de segurança”, disse Gessi.

 

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