A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) realizou, no último dia 23, o Exercício Parcial Integrado de Resposta à Emergência e Segurança Física, nas instalações da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN). Sob a coordenação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), órgão central do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), o exercício foi concluído com êxito, tendo cumprido todos os eventos planejados
A INB foi representada na abertura, que aconteceu dia 21/10, pelo diretor técnico de Enriquecimento Isotópico (DTE), Alexandre Siciliano. O diretor destacou que os exercícios são a melhor forma de avaliar, na prática, a eficácia dos procedimentos e planos de resposta elaborados pela INB e seus parceiros institucionais. “A única forma de saber se aquilo que planejamos é eficaz, é colocando em prática, por meio de exercícios como este. Essas atividades são fundamentais para testar protocolos, aprimorar processos e fortalecer a cooperação entre as equipes”, destacou. As atividades foram acompanhadas pelo diretor de Combustível Nuclear (DCN), Reinaldo Gonzaga.
O exercício ocorreu nas instalações da FCN/INB na modalidade “tabletop”. O Centro Estadual de Gerenciamento de Emergência Nuclear (CESTGEN), localizado no centro do Rio de Janeiro, e o Centro Nacional de Gerenciamento de Emergência Nuclear (CNAGEN), localizado em Brasília, também participaram do exercício.
O cenário explorou assuntos técnicos e de segurança. Foi utilizado, pela primeira vez, um simulador desenvolvido pela Marinha do Brasil, denominado Sistema de Auxílio ao Gerenciamento de Resposta à Emergência e Segurança Nucleares (SAGRES-N), proporcionando maior interação entre os participantes e facilitando a avaliação das ações.
O exercício integrou múltiplos atores, como forças armadas, defesas civis e agências reguladoras, promovendo uma abordagem coordenada que resultará em lições aprendidas e a possibilidade de revisão de procedimentos e protocolos. Além disso, os exercícios de emergência reforçam a credibilidade do Programa Nuclear Brasileiro, demonstrando transparência e compromisso com a segurança, o que é essencial para manter a confiança pública, atrair investimentos e sustentar a expansão do setor em um contexto global de escrutínio regulatório.
O evento contou ainda com a participação do Comitê de Planejamento de Resposta a Situações de Emergência no Município de Resende (Copren/RES). O exercício parcial acontece a cada dois anos.
O coordenador geral de Resposta à Emergência Nuclear do GSI, Capitão de Mar e Guerra (CMG) Souza Aguiar, destacou que a avaliação inicial do RESEX 2025 foi satisfatória. Souza Aguiar ressaltou ainda que o cenário desenhado para este exercício foi crível. “E um incremento ao exercício deste ano foi o uso da ferramenta de apoio à decisão denominada Sistema de Auxílio ao Gerenciamento de Resposta à Emergência e Segurança Nucleares (SAGRES-N) que foi testada pela primeira vez na FCN. Por fim, a princípio, o exercício RESEX 2025 alcançou seus objetivos e atingiu seu propósito contribuindo para nivelar os conhecimentos dos respondedores da FCN/INB e dos Centros de Emergência do Sipron”, disse Aguiar.
O representante titular da INB no Copren/RES, Denis Diniz, também avaliou como produtiva a participação da empresa na atividade e destacou os avanços obtidos na integração entre as instituições que compõem o colegiado. “O trabalho em conjunto dentro do Copren fortalece a atuação da FCN e amplia a disponibilidade de recursos e apoio mútuo entre os órgãos envolvidos”, disse Diniz. E complementou: “O exercício foi extremamente proveitoso. Essa articulação entre as instituições do colegiado é muito positiva para a fábrica e oferece maior segurança ao coordenador-geral de Emergência, especialmente com o apoio do grupo externo”, afirmou Diniz, que ressaltou ainda a importância de identificação de oportunidade de aprimoramento.