Plano de Apoio de Emergência da Unidade em Caldas é testado em simulado de mesa

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) promoveu, no dia 13/11, um simulado de mesa para testar possíveis respostas de emergências relacionadas às barragens da Unidade em Descomissionamento de Caldas (UDC). O evento, realizado pela empresa G5 Engenharia, foi interno e contou com a participação de 24 empregados. Foram envolvidas na atividade diversas áreas como engenharia civil, operação e manutenção, meio ambiente, proteção radiológica, monitoramento ambiental, apoio de logística, comunicação, jurídico, segurança do trabalho, segurança empresarial e saúde e brigada de emergência. A Barragem D-4 foi a escolhida para o exercício que testou as notificações e algumas situações possíveis elencadas no Plano de Apoio de Emergência (PAE).

O coordenador da Equipe de Segurança de Barragens (ESB) da UDC, o engenheiro civil Renato Góes, avaliou o resultado como positivo, ressaltando que o exercício permitiu identificar pontos de melhoria no Plano de Ação de Emergência. “Encontramos algumas situações que precisam ser ajustadas, e isso vai nos permitir revisá-lo para garantir que o que está escrito realmente corresponda ao que será praticado numa emergência”, afirmou Góes. Para o coordenador, o principal objetivo do exercício foi aprofundar o conhecimento sobre o PAE e avaliar a capacidade da ESB de executar, na prática, os procedimentos previstos no documento. “A dinâmica lúdica adotada na atividade ajudou a equipe a se preparar para situações reais de emergência”, disse. O engenheiro civil explicou ainda que o documento já está em processo de revisão desde o meio do ano, conduzido por uma empresa contratada. Com as novas observações, esse trabalho será complementado antes de o PAE revisado ser oficialmente encaminhado à Defesa Civil e às prefeituras.

Durante o exercício de simulação, o consultor e engenheiro civil da empresa G5 Engenharia, Marcos Antônio Constantino, comentou sobre a preparação da equipe e os resultados obtidos. Segundo ele, o desempenho do grupo ficou alinhado ao que havia sido planejado. “O resultado foi bem aderente aos objetivos propostos. Estamos com um contrato de três anos com a INB, e a ideia é desenvolver um trabalho de evolução ao longo desse período. Nesse primeiro momento, propusemos que a INB tivesse um contato mais detalhado com o PAE, e isso atendeu plenamente às nossas expectativas. Cumprimos bem com os nossos objetivos”, afirmou. Marcos reforçou que o compromisso da empresa vai além da exigência legal. “Esse trabalho que a INB vem desenvolvendo, além de cumprir um requisito regulatório, tem como objetivo principal preservar vidas e proteger a sociedade como um todo.”

No dia anterior, Marcos visitou as barragens da unidade, acompanhado do engenheiro civil Renato Coutinho, também da empresa G5, e do coordenador da Equipe de Segurança de Barragens, e destacou a qualidade do trabalho da empresa no cuidado com as estruturas. “As barragens aqui são muito bem cuidadas: limpas, bem instrumentadas e realmente muito seguras. Quando falamos de plano de ação de emergência, tratamos de um processo de prevenção. Existe todo um arcabouço técnico desenvolvido no dia a dia justamente para que o plano não precise ser acionado. Mas, caso seja necessário, é fundamental que todos estejam adequadamente preparados”, explicou.

O superintendente de Descomissionamento da INB, Gilberto Costa, destacou a importância da atividade para o aprimoramento do PAE e para que os envolvidos estejam preparados para lidar com uma situação real. “A simulação é justamente o que permite o aprimoramento do PAE”, explicou. “É o momento em que conseguimos observar, na prática, não só a sequência prevista no plano, mas também colocar os procedimentos em ação. Isso faz com que os empregados que manuseiam o plano tragam à tona os conceitos e sigam a sequência de atuação para cada nível de emergência”. Segundo Costa, o treinamento fortalece a capacidade operacional da equipe em casos de emergência.

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