Mineração de urânio e papel da INB no setor nuclear são destaques em Seminário Internacional

A Indústrias Nucleares do Brasil – INB participou da 16ª edição do Seminário Internacional de Energia Nuclear – SIEN 2025 que foi realizada nos dias 01 e 02 de outubro, no Rio de Janeiro, e reuniu especialistas e autoridades para discutir sobre diversos temas importantes para o setor. Durante a abertura, os convidados abordaram questões sobre o futuro da energia nuclear no Brasil e no mundo. Representando a INB, o diretor do Combustível Nuclear, Reinaldo Gonzaga, reforçou o protagonismo da INB no ciclo do combustível nuclear. 

Reinaldo afirmou que a diretriz do Ministério de Minas Energia é catalisar principalmente a mineração, mas sem deixar de lado as outras etapas como conversão e enriquecimento. “Estamos tentando acelerar esses processos, considerando o mercado mundial e a busca pela autossuficiência interna. É uma oportunidade de trazer divisas para o país e de fortalecer o setor nuclear”, explicou.  

O mercado mundial de urânio foi tema de um painel no segundo dia que teve como representante da INB o diretor de Recursos Minerais, Tomás Filho.  Natural de Santa Quitéria, o diretor conta que ouve falar sobre urânio desde pequeno, mas que vê o momento atual como de crescimento sólido pelo interesse no minério. “A crescente demanda mundial por energia, inclusive devido ao aumento de consumo pelos datacenters de inteligência artificial, além da situação geopolítica atual, são fatores que têm valorizado o preço de urânio no mercado mundial. O horizonte que se desenha é bom. Temos que agarrar a oportunidade e aproveitá-la da melhor maneira possível. A INB quer o urânio para atender suas necessidades e para ter excedentes”, disse. O movimento pela geração de energia por fontes termonucleares é mundial e pesquisas apontam que a busca pelo minério será maior que a oferta já em 2040.  

O diretor aproveitou o momento para atualizar sobre o andamento do Projeto Santa Quitéria, informando que está em fase de estudos complementares solicitados pelo Ibama. Tomás rebateu a ideia de que o licenciamento se oponha às atividades produtivas. “Na verdade, o licenciamento é um excelente instrumento de conhecimento dos impactos ambientais e de orientação sobre o que a gente precisa fazer para compensá-los. É um trabalho para fazer de mão dadas", complementou.

Outros assuntos estratégicos também foram discutidos no SIEN como a participação de empresas estrangeiras no Programa Nuclear Brasileiro, a retomada do projeto da usina nuclear de Angra 3, o desenvolvimento de Pequenos Reatores Modulares (SMRs) e microrreatores, além de temas ligados à comunicação e gestão do conhecimento no setor nuclear.

 


 

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