A Unidade em Descomissionamento de Caldas – UDC emitiu no mês de dezembro a atualização dos Planos de Ação de Emergência (PAE), que fazem parte do Plano de Segurança das Barragens (PSB). O Plano contou com a atualização de diversos itens e deve auxiliar em futuros simulados internos de emergência nas barragens da UDC. O PAE é uma ferramenta que tem por objetivo definir os procedimentos de identificação e classificação das anomalias e situações de alerta e de emergência que possam colocar em risco a integridade da barragem e/ou suas estruturas auxiliares.
Além disso, estabelece as ações imediatas necessárias nesses casos, definindo os agentes a serem notificados de tais ocorrências e fluxo de comunicações, com a finalidade de evitar ou minimizar danos patrimoniais, ambientais e sobretudo humanos a jusante do barramento, propiciando uma resposta rápida aos possíveis eventos.
Os documentos foram revisados e atualizados, sendo que uma das principais atualizações dos Planos foi a atualização cadastral de contato com órgãos oficiais e dos moradores que residem nas Zonas de Autossalvamento (ZAS) das duas barragens da unidade.
“Na atualização, nós aproveitamos também para tranquilizar os moradores, falar do monitoramento que temos nas barragens, manutenções que são sempre feitas, e tirar dúvidas, que por ventura eles tivessem. E o que foi feito de diferente nessa atualização cadastral foi que emitimos um relatório onde foram compiladas informações como, moradores com mais de 60 anos, moradores PCD (Pessoas com Deficiência), moradores menores de idade e crianças de colo, pois nós entendemos que, em uma simulação de evacuação de área ou em uma situação real de evacuação de área , é importante sabermos onde são os pontos que demandam maior atenção das equipes da Defesa Civil e/ou do Corpo de Bombeiros”, explicou a responsável pela operacionalização dos PAEs, Valquíria Rosa de Faria.
Os planos atualizados estão disponíveis na unidade e estão em fase de distribuição para órgãos de fiscalização, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os documentos também podem ser acessados aqui no site da INB.
Após a elaboração do procedimento, o próximo passo é a realização de simulados internos de emergência. “Os PAEs determinam que se deve fazer simulações internas para avaliar a credibilidade das ações contidas nos planos, bem como verificar a capacidade operacional de resposta interna em atender as demandas de mobilização”, detalha Valquíria.
Sobre os simulados externos, a supervisora de engenharia da UDC, Letícia Oliveira Alves, esclarece que nesses casos a INB atua como participante. “A Lei Federal n° 12.608 define que as simulações externas são de responsabilidade dos órgãos de Defesa Civil municipais”. Mas acrescenta: “É importante destacar que atuamos de forma preventiva para garantir a segurança das barragens da unidade. Paralelamente, treinamos as equipes para estarem aptas a agir conforme procedimento definido, caso necessário”.