INB aumenta produção de urânio enriquecido no Brasil

A Indústrias Nucleares do Brasil - INB dará mais um passo na produção nacional de enriquecimento de urânio na sexta-feira, dia 26/11. A empresa inaugurará, na Fábrica de Combustível Nuclear-FCN, em Resende/RJ, a 9ª cascata da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio. Com a ampliação, a INB reduz o seu grau de dependência na contratação do serviço de enriquecimento isotópico no exterior para a produção de combustível das usinas nucleares nacionais.

A entrada em operação da 9ª cascata possibilitará o alcance da capacidade de produção para atendimento de 65% da demanda das recargas anuais de Angra 1,  correspondendo a um acréscimo de cerca de  5% em relação à capacidade atual. O investimento para a construção dessa cascata foi de R$ 54 milhões.

A inauguração faz parte da primeira fase da implantação da Usina, um projeto em parceria com a Marinha do Brasil, que busca a instalação de dez cascatas de ultracentrífugas na FCN. A sua conclusão está prevista para 2023, com a entrada em operação da 10ª cascata, quando será atingida a capacidade de 70% da demanda anual necessária ao abastecimento de Angra 1.

A tecnologia de enriquecimento do urânio pelo processo da ultracentrifugação foi desenvolvida de forma autóctone no Brasil pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), em parceria com o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN /CNEN). De acordo com a World Nuclear Association, o Brasil faz parte de um seleto grupo de 13 países reconhecidos internacionalmente pelo setor nuclear como detentores de instalações para enriquecimento de urânio com diferentes capacidades industriais de produção. 

AMPLIAÇÃO- A implantação da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da FCN será realizada, de forma modular, em duas fases, sendo a segunda composta por trinta cascatas. 

Quando a implantação da Usina estiver concluída, o Brasil passará à condição de autossuficiência de enriquecimento de urânio. A previsão é que, até 2033, a INB seja capaz de atender, com produção totalmente nacional, as necessidades das usinas nucleares de Angra 1 e 2 e, em 2037, a demanda de Angra 3.


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