INB e CDTN firmam contrato inédito que viabilizará estudos para o descomissionamento

Nesta terça-feira (21/12), foi realizada a assinatura do contrato entre a Indústrias Nucleares do Brasil - INB e o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear – CDTN para a realização de estudos hidrológicos, hidrogeológicos e isotópicos relacionados à Unidade em Descomissionamento de Caldas – UDC. O presidente da INB, Carlos Freire Moreira, abriu a solenidade que aconteceu através de uma plataforma de videoconferência. “Esse marco de hoje é o primeiro passo de outras oportunidades que surgirão de trabalho em conjunto”, afirmou.

Essa é a primeira vez que as duas instituições firmam um contrato. O diretor de Recursos Minerais da INB, Rogério Mendes Carvalho, destacou que similarmente ao que acontece com o ciclo do combustível nuclear, a mineração também tem um ciclo que começa com a prospecção e a exploração, passa pela engenharia e produção e termina no descomissionamento. “Cada vez mais, é importante a realização de uma mineração cuidadosa, responsável e bem planejada. As políticas de ESG (Environmental, Social e Governance) devem ser  os pilares de sustentação do negócio da empresa e esse planejamento tem que ser realizado do início ao fim das atividades. Esse contrato permitirá à INB e ao CDTN o uso das melhores práticas, ferramentas e tecnologias pra obtenção de resultados”, disse.

O trabalho será fundamental para a UDC conforme explica o superintendente de Descomissionamento, Diógenes Salgado Alves: “Nós tínhamos propostas em nível conceitual. Com esses estudos, poderemos definir soluções para duas áreas vitais para a Unidade. Com isso, vamos poder caminhar a passos largos para o descomissionamento”.

O CDTN é uma das unidades de pesquisa da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e  Inovações (MCTI). As principais atividades do Centro hoje envolvem as áreas de tecnologia nuclear, minerais e materiais, saúde e meio ambiente. O diretor do CDTN, Luiz Carlos Duarte Ladeira, estava presente na cerimônia e afirmou: “O CDTN possui as condições para um olhar global que o diferencia de outros órgãos ou empresas e que, por isso, pode trabalhar desde o levantamento dos dados, passando pelas análises, tratando os resultados e modelagem e finalmente chegando ao diagnóstico, esperando que seja a resposta que a INB vem buscando ao longo desses anos”.

O presidente da CNEN, Paulo Roberto Pertusi, destacou a importância deste momento. “Esse evento é muito mais que uma assinatura do contrato, o simbolismo que representa para a área nuclear brasileira é muito grande. Tenho certeza que esse momento é o prenúncio de vários outros que acontecerão no setor nuclear brasileiro”, enfatizou.  Pertusi também ressaltou que fica feliz em ver a INB atuando de forma autônoma, que ao se tornar empresa pública se desvinculou da CNEN que era sua maior acionista e reforçou a importância do trabalho da INB. “Uma atividade fantástica, que o país precisa conhecer e reconhecer esse trabalho fundamental para soberania brasileira”.

O documento foi assinado eletronicamente e comemorado por todos. Acompanharam a cerimônia outros representantes da INB, do CDTN, da CNEN e da Fundep.


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