As Indústrias Nucleares do Brasil assinaram contrato de licenciamento de uso da tecnologia do combustível nuclear da Westinghouse e serviços associados. A tecnologia é a utilizada no projeto de combustível de Angra 1 e o licenciamento permite a transferência para a INB de informações técnicas e de procedimentos.
O contrato foi assinado durante a visita do presidente João Carlos Tupinambá à sede da Westinghouse Electric Company, nos Estados Unidos, em junho. Está prevista ainda a atualização periódica da tecnologia, além de treinamentos de engenheiros da INB. De acordo com Tupinambá, "a contratação da tecnologia licenciada pela Westinghouse é fundamental para que a INB possa cumprir os compromissos assumidos nos contratos referentes ao fornecimento de combustíveis para a Eletronuclear, dentre outros o de executar o projeto detalhado dos combustíveis sob os aspectos neutrônico, termo-hidráulico e mecânico".
Adicionalmente, o direito ao uso desta tecnologia proporciona as condições para que o corpo técnico da INB possa avaliar eventuais não conformidades de produção, propor e analisar alterações de projeto, bem como avaliar as condições técnicas para retorno à operação de combustíveis que tenham sido submetidos a reparos.
"Deve-se ressaltar que a celebração deste contrato garante à INB o domínio da tecnologia nuclear através da capacitação técnica do seu corpo de engenheiros projetistas, cuja manutenção da qualificação se dá também através do acordo de prestação de serviços de engenharia firmado com a Westinghouse", complementa o presidente da INB.
Durante a viagem, Tupinambá também se reuniu com o Diretor Global de Produtos e Serviços da Westinghouse, Bruce Bevilacqua. Na ocasião, o presidente da INB apresentou as principais atividades desenvolvidas na produção do combustível para as usinas nucleares brasileiras. O diretor da empresa americana não descartou a possibilidade de que no futuro a INB preste serviços à Westhinghouse, durante as paradas dos reatores nucleares em território americano. O diretor de Produção do Combustível Nuclear, Giovani Moreira, e o superintendente de Engenharia do Combustível, Reinaldo Gonzaga, também participaram das reuniões com executivos da Westhinghouse.